A grande maioria dos textos que o leitor encontrará
nesta colectânea de textos em prosa e verso, eles começam com uma entrada em forma de “máxima”
literária, conhecida ou não da maioria do público usuário da nossa língua. E o
desenrolar do tema de cada texto enumerado acaba sempre por descambar, digamos assim!,... para
uma descrição de personagens e eventos que se mostram impotentes perante o
absurdo que os gerou.
Muitas vezes acontece também uma descrição em
diagonal ou colateral com aliterações de algum tipo de critica estapafúrdia,
réplica fora de contexto ou até tréplica de algum ou outro debatedor conhecido
do autor o qual tenha provocado préviamente a respectiva crítica em forma de
catramonzelada em todos os sentidos.
Os chistes, as piadas, as anedotas, as firúlas, as
situações inusitadas das quais lancei mão, vão em forma de trocadilho, para
tantas vezes nos largar do pé!...Mais ainda é uma maneira de alguns intervenientes mais aborrecedores, aqui são
introduzidos aleatóriamente ao sabor da pena. – São histórias tantas vezes repetidas quantas
as verificadas na prática do dia a dia. – Quem nunca na vida se defrontou com
uma “catramonzelada”? seja material ou espiritualmente engembrada pelos
seus respectivos debatedores?
As expressões literárias e estrangeirismos (alguns,
muito poucos!...) que entram na formação do diálogo popular, tantas vezes em
forma rimada sem qualquer tipo de preocupação com a métrica, a sintaxe, a
fonética, a disfunção silábica, a coordenação histórica ou a verificação
científica, são fruto da imaginação do autor, face a milhares de vivências
guardadas na memória, que aqui deixamos como simples e humilde contribuição
pessoal ao engrandecimento e à evolução natural da Língua de tantos usuários
ilustres que nos precederam com os seus esforços, as suas virtudes, os seus
sonhos, as suas fantazias, as suas criações!!!... quantas e quantas vezes tão
mal compreendidas pelos seus iguais nas suas gerações contemporâneas e
seculares.
DEFINIÇÃO DO VERBETE:
DEFINIÇÃO DO VERBETE:
® “CATRAMONZELADAS
LITERÁRIAS”
- catramonzelar é o acto ou efeito do uso da tremonzela, como via de facto para a eventual solução de pré-supostas questões verbais, e/ou escritas, que não interessam nem ao Menino Jesus de Praga! como soe dizer-se coloquialmente.
- catramonzelar é o acto ou efeito do uso da tremonzela, como via de facto para a eventual solução de pré-supostas questões verbais, e/ou escritas, que não interessam nem ao Menino Jesus de Praga! como soe dizer-se coloquialmente.
O uso da
tremonzela que, neste caso, gera uma aliteração ao verbo catramonzelar, tem origem na vida rural do interior das
terras Altas de Trás-Os-Montes... e talvez também em outras regiões do
Rectângulo Ibérico, usado pelos agricultores como ferramenta de atracação dos
animais às alfaias agrícolas como sejam a charrua, o arado, a grade, etc.
A Tremonzela é
uma peça de madeira com um comprimento médio entre 1,50 m a dois metros, que se prende no jugo dos animais e na alça
da alfaia que vai ser puxada.
Em situações de
extrema necessidade algumas vezes se utilizava para agredir os animais, quando
soltos ou desobedientes do comando do Lavrador, e ... quiçás, também com algum
desafecto que, por divergência de
opiniões, pudésse vir a causar tal
atitude ao chegar às chamadas "vias-de-facto"!.
Por outras
palavras; tanto se podia usar como
ferramenta de trabalho, como arma de defesa e de ataque, isto no primeiro
sentido do verbete.
- Uma vez que a
maioria das situações relatadas nesta colectânea de textos, ela se refere a
situações e episódios da vida do redactor, enquanto cronista, nós achamos por
bem dar-lhes este sub-título que, acreditamos seja inédito, dentro do actual
vocabulário da Língua Portuguesa, passe embora os muitos acordos ortográficos e
alterações incluídas durante séculos ao uso da mesma desde os primórdios do
nascimento da Nação Portuguesa, como Língua Oficial formalmente registrada e aceite pelas
demais comunidades globais, estes textos são da minha criatividade pessoal como escrevente amador!
Não raras vezes
já nos indagaram sobre a origem da "tremonzela" e nós apenas sabemos
que ela existe porque a usámos tantas vezes antes de entrarmos na Emigração
logo no início dos anos sessenta do século passado - Século XX - que eu costumo parodiar como sendo o século "vin-te" buscar para irmos para o meio de coisíssima nenhuma que somos todos nós quando deixamos de sonhar.
Vos desejamos uma boa leitura e até breve.
Silvino Potêncio - Emigrante Transmontano em Natal/Brasil.
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