A Zona Parda
da Comunicação Social!
Eu recebi este texto em anexo por email o qual se refere ao então Comentarista da Televisão Portuguesa e hoje, Presidente da Répública.
A minha resposta imediata ao Autor Senhor Coronel Piloto Aviador J.B. Ferreira foi mais ou menos assim;
Apesar de considerar não ser este o local
nem o sítio apropriado para debater o estado da censura em Portugal, eu atrevo-me
contudo a lançar mais umas achas para a fogueira, estimando que esta achega
possa contribuir para um melhor esclarecimento dos leitores.
Antes de avançar na explanação do tema em epígrafe, convém esclarecer que o Dr. Marcelo Rebelo de Sousa é um "opinion maker", exerce funções em part-time numa área a que nós (eles jornalistas), chamam de a "zona parda da comunicação social, onde não entra quem quer, mas apenas quem pode! e aufere grandes benesses, algumas valem fortunas por isso!.
Antes de avançar na explanação do tema em epígrafe, convém esclarecer que o Dr. Marcelo Rebelo de Sousa é um "opinion maker", exerce funções em part-time numa área a que nós (eles jornalistas), chamam de a "zona parda da comunicação social, onde não entra quem quer, mas apenas quem pode! e aufere grandes benesses, algumas valem fortunas por isso!.
Certamente
ainda está recordado da telenovela em torno da questão do
"contraditório" - no caso prevalecente do "não
contraditório" - que acabou por levar ao colo o douto comentador para o
canal estatal, com um acréscimo substantivo dos honorários.
À parte
isso, o homem continua obstinadamente a debater-se apenas com o seu próprio
contraditório, contando para o efeito com a preciosa ajuda de uma jornalista
cujo ar transpira a secretária privativa.
Nem eu mesmo, tão-pouco o senhor,
entendemos, na essência, os jogos de bastidores na comunicação social.
Senão
vejamos: actualmente, cerca de metade dos profissionais do sector estão no
desemprego, ou exercem uma outra qualquer actividade que nada tem a ver com a
sua formação de jornalismo de base.
Em
contrapartida, as redacções estão pejadas de estagiários - cujo trabalho não é
remunerado - de advogados, médicos e "especialistas", disto e
daquilo, cuja única e verdadeira especialidade é saberem mexer-se no sistema e
disporem de uma base de apoio suficientemente ampla que lhes permite
ostensivamente colecionarem tachos, e não só.
O pouco do bom jornalismo que por vezes irradia, é renegado para segundo plano, ou não chega sequer a ver a luz do dia.
O pouco do bom jornalismo que por vezes irradia, é renegado para segundo plano, ou não chega sequer a ver a luz do dia.
Não admira
pois que os "Rebelos de Sousa", os Vasconcelos, os Rodrigues, os Sás, os Cunhas e
Melos, e outros que tais, levem a dianteira sobre os jornalistas.
Isto não é uma novidade, é um "déja vu".
Isto não é uma novidade, é um "déja vu".
Seguramente
que a questão mereceria uma abordagem mais profunda, mas não vejo hipótese de
discuti-la neste esclarecimento, que pretendo curto e incisivo.
Podíamos
dissertar sobre o estado da arte, o ensino do jornalismo, acerca dos detentores
dos meios de comunicação, analisar as questões de deontologia, o estatuto da
carreira, a Lei da Imprensa, enfim todo um conjunto de condicionalismos que
obstam ao digno exercício da profissão e que a meu ver, têm vindo a contribuir
para a decadência do jornalismo em Portugal. E para quê?
Será que
está nas nossas mãos, ou na dos jornalistas, alterar este estado de coisas. - Possivelmente, não.
Quanto à censura nas redacções portuguesas, olhe, fale
com o Marcelo.
Sinceros
cumprimentos JB Ferreira.
Acrescento aqui um pensamento mais do que realista de um Autor premiado e laureado na literatura internacional.
"Aquele que não conhece a verdade é simplesmente um ignorante, mas aquele que a conhece e diz que é mentira, esse sim! é um CRIMINOSO... e lugar de criminoso é na cadeia.
O texto integral desta carta faz parte do meu livro "Cartas Literárias" que será publicado em breve.
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