Por gentil deferência do Excelso Amigo Professor Emérito da
Universidade do Minho – Dr Julio B Martins, recebido em 07.07.2020, eu vos trago aqui este comentário que nos deixa orgulhosos de sermos Portugueses!
Comentário
de JBM :
As
maiores e melhores armas que o Portugueses deixaram pelo mundo fora foram
objecto das “piças” dos soldados Portugueses .
A
maior prova do legado dos Descobrimentos, quando os portugueses partiram em
busca de glória e riqueza. - As 7 tribos descendentes dos portugueses,estão
espalhados um pouco por todo o mundo e são a maior prova do legado dos
Descobrimentos, quando os portugueses partiram para terras distantes em busca
de glória e riqueza.
A
grande maioria deles ainda fala crioulo de origem portuguesa e ainda mantém
vivas algumas tradições dos seus antepassados.
É
comum, em muitos locais, ainda cantarem em português e a religião católica é
outro fator que os une.
Existem
muitas tribos e povos que descendem dos portugueses, desde a América até à
Ásia. Alguns estão a desaparecer, outros ainda conseguem manter viva a chama
dos seus ancestrais e o amor por Portugal.
Descubra
7 tribos descendentes dos portugueses.
01
- Lamno (Indonésia)
Os
portugueses foram os primeiros europeus a chegar à Indonésia, no início do
século XVI e, apesar de terem-se estabelecido sobretudo na região oriental do
país, alimentaram o sonho de controlar o comércio da pimenta desde a zona
estratégica do Norte da Samatra até ao mercado chinês.
Os
portugueses da província indonésia de Aceh, conhecidos localmente como “olhos
azuis”, estão em risco de se extinguirem desde que o tsunami de 2004 reduziu a
comunidade de centenas de pessoas a menos de uma dezena.
Antes
do tsunami, a comunidade teria talvez cerca de 500 pessoas, enquanto que agora
é difícil apontar um número, porque a região conta com descendentes de outros europeus
e árabes.
02
- Bayingyis (Birmânia)
A
hegemonia portuguesa no Índico e no Pacífico durou perto de um século e seria
profundamente abalada com a chegada dos holandeses àqueles mares.
Com a
substituição da dominação portuguesa pela holandesa – permanecendo nas terras
que as viram nascer; deportados para outras paragens; ou forçados à emigração –
as cristandades mestiças euro-asiáticas do Oriente talharam a identidade
coletiva de cada uma que perdurou até aos nossos dias e que assenta em dois
pilares principais: a religião católica e a língua crioula.
Entre
essas comunidades destaca-se a dos descendentes dos muitos soldados portugueses
que na época de Seiscentos lutaram ao lado dos soberanos de Ava e do Pegu,
reinos da antiga Birmânia, ou que faziam parte do pequeno exército de Filipe de
Brito, ou do seu companheiro de armas Salvador Ribeiro de Sousa, senhores
feudais em terras do Oriente, ambos empossados com o título de ‘rei do Pegu’, e
que são hoje conhecidos em Myanmar (atual Birmânia) como os ‘bayingyis’.
03
- Ziguinchor (Senegal)
A
atual Ziguinchor remonta a uma feitoria fundada pelos portugueses em 1645, na
margem sul do rio Casamansa. Segundo a tradição, o seu nome deriva da expressão
em língua portuguesa “cheguei e choram”, uma vez que os nativos pensavam que os
europeus os vinham escravizar.
Subordinada
à capitania de Cacheu, o seu objetivo era o comércio com o reino de Casamansa,
um fiel aliado na região, descrito pelos cronistas coevos como o reino mais
amigo dos portugueses ao longo da costa da Guiné.
Nos
censos de 1963, dos 42.000 habitantes de Ziguinchor, 35.000, falavam o crioulo
(83%), e 30.000 tenham o crioulo como língua materna (71,4%).
O
crioulo de Casamansa é uma língua crioula baseada no português que é
considerado um dialeto do crioulo da Guiné-Bissau falado principalmente na
região de Casamansa no Senegal e também na Gâmbia.
04
- Kristang (Malásia)
Os
portugueses chegaram há quinhentos anos a Malaca. A diáspora lusitana subsiste,
com inusitado fulgor e entusiasmo, num pequeno bairro piscatório malaio, onde
se luta pela manutenção da cultura portuguesa. Hoje e sempre.
Em
Malaca (Melaka, i.e., “O Estado Histórico”), o terceiro mais pequeno Estado da
Malásia, existe um povo conhecido por Kristang (“cristão”), que descende dos
portugueses e que sobrevive desde o século XVI como uma pequena comunidade de
cerca de 5000 pessoas.
A
numerosa colónia luso-descendente não abdicou da identidade cultural. Meio
milénio após a chegada lusa e 370 anos após a sua partida, todos continuam a
afirmar-se, orgulhosamente, portugueses, sem nunca terem pisado solo nacional.
A cultura popular portuguesa transmite-se de pais para filhos, por via oral.
Contam-se
histórias, ensinam-se costumes e tradições, transmite-se «o portugis antigo»,
que falavam os primeiros colonos, corrompido por séculos de transmissão oral
sem um único registo escrito ou resquício de ensino oficial.
05
- Burghers (Sri Lanka)
Burgher
é o nome pelo qual são conhecidos os descendentes de portugueses e holandeses
no Sri Lanka. Os Burghers Portugueses são um grupo étnico do Sri Lanka
descendentes de cingaleses e portugueses, católicos e falantes do
indo-português do Ceilão, uma linguagem crioula de origem portuguesa.
Os
Burghers portugueses são maioritariamente descendentes de mestiços de origem
portuguesa e cingalesa, geralmente pai português e mãe cingalesa ou mãe
descendente de portugueses com pai cingalês. A sua origem remonta à chegada dos
portugueses, após a descoberta do caminho marítimo para a Índia, em 1505.
Quando
os holandeses tomaram as costas do Sri Lanka em 1656, antigo Ceilão Português,
os descendentes dos portugueses refugiaram-se nas montanhas centrais do reino
Kandyan, sob domínio cingalês.
Com o
tempo descendentes de portugueses e holandeses casaram entre si. Embora a
língua portuguesa tivesse sido banida sob o domínio holandês, estava tão
difundida como língua franca do índico que até os holandeses a falavam. No
Censo de 1981 os Burghers (holandeses e portugueses) contavam cerca de 40.000
(0,3% da população total do Sri lanka).
Numerosos
apelidos de origem portuguesa permanecem até hoje, como Perera, Pereira, Abreu,
Salgado, Fonseca, Fernando, Rodrigo e Silva que se tornaram parte da cultura do
Sri Lanka.
06
- Korlai (Índia)
Korlai
é uma aldeia que fica perto das ruínas da antiga cidade fortaleza de Chaul
construída pelos portugueses no séc. XVI, em 1534. Chaul foi uma das cidades
mais importantes e estratégias do Império Português do Oriente, de tal forma
que era uma cidade bem apetecida para os adversários dos portugueses.
Os
portugueses começaram a frequentar aquelas águas a partir de 1501, com o apoio
do potentado local que se fizera vassalo do rei de Portugal para se livrar da
influência do Samorim de Calecut.
A
povoação conta com cerca de 900 falantes, no entanto encontra-se ainda por
estudar, pois ainda não há nenhum estudo sobre a língua ou sobre os costumes
deste povo.
A
descendência de Korlai resulta da presença de soldados Portugueses que se
casaram com as nativas, bem como um pequeno grupo de mulheres de Goa que se
casaram com portugueses. Os seus costumes e tradições indicam essa origem e
incluem a religião cristã, a celebração de diversas festividades e até músicas
populares.
07
- Tugu (Indonésia)
Não é
fácil chegar a Tugu, a nordeste de Jacarta, capital da Indonésia. Mesmo ao
fim-de-semana, o trânsito que liga à aldeia é caótico, devido à proximidade do
porto de Tanjung Priok, o principal do país, com cerca de 430 hectares. Apesar
dos inúmeros camiões que entopem a estrada principal, sente-se uma tranquilidade
ao chegar a Tugu, um ex-líbris de Portugal. Junto ao cemitério e à igreja
branca datada do século XVII, há um espaço aberto e arvoredo que lembra o
centro de algumas aldeias portuguesas, até pelos idosos que por ali vão
deixando cair o tempo.
Os ancestrais
dos tugu estão ligados aos escravos dos portugueses na Índia que foram levados
para a Batávia, antiga Jacarta, por holandeses.
Ainda
no século XVII, após o fim do império colonial português no Sudeste Asiático,
chegaram àquela zona comerciantes, artesãos e aventureiros oriundos de Malaca,
Ceilão, Cochim e Calecute. O cruzamento entre os dois grupos fez nascer os
chamados “Portugueses Negros”, que tinham em comum a língua portuguesa e a
religião cristã.
Nota de Rodapé: Eu tenho por hábito dizer que um pouco de história não faz mal a ninguém e quando ela nos é transmitida por quem sabe contar a verdadeira, isso nos aquece a Alma como já dizia o Poeta, tudo vale a pena, quando a Alma não é pequena.
E eu acrescento: Portugal é Eterno e Nunca se diga Adeus para sempre!...
Bem Hajam todos(as) pela Leitura
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